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Quase metade dessa terra está dentro da Amazônia, disse o grupo.
BRASÍLIA (AFP) – Incêndios devastaram quase dois milhões de hectares de território no Brasil em novembro, segundo dados divulgados quarta-feira por um grupo de ONGs, quase 90% a mais do que no mesmo mês do ano passado.
Essa é uma área de cerca de três quartos do tamanho da cidade brasileira de Manaus, na Amazônia.
Mais de 80% das terras queimadas estão na floresta amazônica, segundo o MapBiomas, consórcio de ONGs formado por organizações sem fins lucrativos, universidades brasileiras e startups que usam imagens de satélite para rastrear a destruição de áreas naturais.
“Os dados confirmam a escalada da destruição ambiental nos últimos meses do governo Bolsonaro”, disse a organização em comunicado.
Os incêndios e o desmatamento aumentaram desde que o presidente de direita Jair Bolsonaro, um defensor da expansão da mineração e da agricultura na Amazônia, assumiu o cargo em 2019.
Em outubro, Bolsonaro perdeu sua candidatura à reeleição para o esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, que assumirá o cargo em janeiro e prometeu “lutar pelo desmatamento zero”.
Para o MapBiomas, o aumento no número de queimadas em novembro surpreendeu, já que o mês costuma coincidir com o período chuvoso.
“Claramente, esta é uma reação à expectativa de políticas mais efetivas contra o desmatamento e as queimadas por parte do novo governo”, disse Ane Alencar, coordenadora do MapBiomas Fire e diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.
Emparelhado com os números de novembro, a área queimada nos primeiros 11 meses de 2022 totalizou cerca de 40 milhões de acres, ou um pouco menos do tamanho do Uruguai, segundo o MapBiomas, um aumento de 13% em relação ao mesmo período de 2021. .
Quase metade dessa terra está dentro da Amazônia, disse o grupo.
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