Um trabalhador bombeia gasolina em um carro em um posto de gasolina no Rio de Janeiro, Brasil, 10 de março de 2021 REUTERS/Pilar Olivares/Foto de arquivo
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SÃO PAULO, 26 Jul (Reuters) – Os preços ao consumidor no Brasil subiram um pouco menos do que o esperado no mês até meados de julho, informou a agência de estatísticas do país nesta terça-feira, registrando o menor aumento mensal em dois anos após uma onda de medidas governamentais contra a inflação. .
O índice de preços ao consumidor IPCA-15 do Brasil subiu 0,13% no período, ante 0,69% um mês antes, enquanto a mediana prevista em pesquisa da Reuters para meados de julho foi de 0,17%.
Economistas veem os dados como um caminho para uma tendência de queda da inflação na maior economia da América Latina.
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“Parece um bom começo para o terceiro trimestre”, disse Andrés Abadía, economista-chefe para a América Latina da Pantheon Macroeconomics. “A tendência de baixa deve continuar pelos próximos meses.”
A desaceleração mensal veio na esteira da legislação federal que cortou os impostos estaduais sobre os combustíveis, resultando em uma queda acentuada nos preços da gasolina e do etanol.
O presidente Jair Bolsonaro vem pressionando por medidas para reduzir os preços dos combustíveis em uma tentativa de ser reeleito em outubro, e a alta inflação prejudicou sua popularidade, já que ele está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de opinião.
Os custos de transporte como um todo caíram 1,08% no mês, mostraram dados oficiais, compensando parcialmente o aumento de 1,16% nos preços de alimentos e bebidas.
Nos 12 meses até meados de julho, a inflação atingiu 11,39%, praticamente em linha com as expectativas e desacelerando pelo segundo mês consecutivo, mas ainda bem acima da meta do banco central de 3,5%, cerca de 1,5 ponto percentual.
William Jackson, economista-chefe de mercados emergentes da Capital Economics, disse que os números de meados de julho são o primeiro sinal claro de que a inflação atingiu o pico, mas alertou que as políticas monetárias do Copom, banco central do Brasil, permanecerão rígidas.
“Com a taxa básica bem acima da meta e os riscos fiscais subindo, o ciclo de aperto do Copom tem um pouco mais de tempo e as taxas de juros permanecerão altas até o próximo ano”, disse Jackson.
O banco central do Brasil vem aumentando agressivamente as taxas de juros desde o ano passado para conter o aumento dos preços ao consumidor, com a taxa básica atualmente em 13,25%.
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Informações de Gabriel Araújo; Editado por Frank Jack Daniel e David Holmes
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