Rio de Janeiro, 9 de junho de 2022 (OPAS) – A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estão realizando treinamentos hoje e amanhã no Rio de Janeiro, Brasil. detecção e diagnóstico laboratorial da varíola dos macacos, do qual participam especialistas de sete países da América Latina.
O treinamento busca fortalecer as capacidades dos laboratórios da Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela para detectar casos desta doença, dado o recente surto relatado em vários países do mundo que não são endêmicos de varicela. isto é, países onde a circulação do vírus da varíola dos macacos não havia sido relatada anteriormente.
Entre 13 de maio e 8 de junho deste ano, mais de 1.000 casos de varíola foram notificados à OMS em 29 países não endêmicos, quatro deles na Região das Américas: Argentina, Canadá, Estados Unidos e México.
Durante a atividade no Rio de Janeiro, os participantes recebem treinamento prático em detecção molecular (PCR em tempo real) do vírus que causa a varíola dos macacos e analisam a detecção e o diagnóstico no contexto de preparação e resposta a possíveis surtos. A detecção do vírus é o primeiro passo para evitar a propagação, interromper as cadeias de transmissão e interromper um surto.
Para facilitar os testes de PCR, o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), no Brasil, doou à Organização Pan-Americana da Saúde reagentes para diagnóstico de varíola, que, além de outros adquiridos pela OPAS, serão entregues a cerca de 20 países da América Latina e do Caribe.
Monkeypox é uma zoonose causada pelo vírus monkeypox, do gênero Orthopoxvirus, que pertence à família Poxviridae. A infecção é caracterizada por erupções cutâneas ou lesões cutâneas que geralmente se concentram na face, palmas das mãos e solas dos pés. A amostra para o exame laboratorial é retirada de uma pessoa com sintomas da lesão cutânea, e o resultado pode demorar de um a três dias após o recebimento da amostra no laboratório.
A OPAS orienta os países para a identificação oportuna de todos os casos suspeitos, considerando a avaliação clínica e epidemiológica. Recomenda também a amostragem e a aplicação de protocolos de detecção molecular em laboratórios nacionais de referência.
Transmissão
Monkeypox pode se espalhar para as pessoas quando entram em contato físico com um animal infectado (roedores e primatas). Também pode se espalhar de pessoa para pessoa através do contato físico próximo com alguém que tenha sintomas. Erupções cutâneas, fluidos corporais e crostas são particularmente infecciosos. Roupas, roupas de cama, toalhas ou objetos como talheres e pratos que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa infectada também podem infectar outras pessoas. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
A infecção também é transmitida por inoculação ou através da placenta (varicela congênita). Não há evidências de que o vírus da varíola dos macacos seja sexualmente transmissível.
Tratamento
Não existem tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da varíola dos macacos. Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente. Os cuidados clínicos devem ser otimizados ao máximo para aliviar os sintomas, controlar as complicações e prevenir sequelas a longo prazo.