Ginásio do Atlético Clube Paulistano (1961)
Criada em colaboração com João de Gennaro, a academia do clube localizada nos Jardins de São Paulo tem uma cobertura particularmente marcante, sustentada por seis pilares de concreto aparente dispostos em círculo. O telhado tem um diâmetro de mais de 12,5 metros.
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Casa no Butantã (1964)
Projetada como uma casa para Paulo Mendes da Rocha e sua irmã, a casa no Butantã, em São Paulo, são na verdade duas casas com layout e estrutura quase idênticos. Cada edifício consiste em um único andar elevado por quatro pilares. Com poucas divisórias e nenhuma janela nos quartos, eles foram projetados para olhar para dentro.
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Edifício Guaimbê (1965)
Localizado na Rua Haddock Lobo em São Paulo, o Edifício Guaimbê tem fachada de concreto aparente e não possui porta que o separa do pavimento. As laterais do edifício apresentam um brise-soleil, permitindo a entrada de luz, protegendo a privacidade dos residentes. Por dentro, não há corredores e as paredes são curvas para separar as diferentes áreas.
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Estádio Serra Dourada (1975)
O estádio Serra Dourada tem capacidade para 50.000 espectadores. O telhado saliente é o elemento mais marcante do projeto, e há dois grandes jardins dentro do estádio. Os pilares redondos criam grandes aberturas que dão uma sensação de leveza, simplicidade e simetria ao projecto, que se integra de forma eficaz na paisagem envolvente.
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Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) (1986)
Um dos projetos mais importantes na carreira de Mendes da Rocha, o MuBE em São Paulo é construído em torno de uma imensa viga que corre perpendicular à estrada principal para criar um vão livre de 60 metros. As áreas de exposição estão localizadas abaixo do nível da rua, trazendo silêncio e criando um ambiente acolhedor para a contemplação. O museu é uma escultura arquitetônica por si só e é ainda mais realçado pelo jardim projetado por Burle Marx ao redor.
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Capela de São Pedro Apóstol (1987)
A arquitetura limpa e clara desta capela de Campos do Jordão exemplifica as principais características da obra de Mendes da Rocha. Com estrutura de concreto aparente e paredes de vidro, o público pode contemplar a paisagem exuberante da região. Em meio a esse cenário mágico, a moldura de vidro da capela reflete o céu, as pessoas e o entorno, criando uma confusão entre o que está fora e o que está dentro. A nave é refletida em um espelho d’água, onde está localizado o batistério. Um único pilar sustenta a nave, o coro e o teto.
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Reforma do Museu do Estado de São Paulo (1988)
Projetado originalmente por Ramos de Azevedo em 1805, o prédio que abriga o Museu do Estado foi reformado na década de 1990 seguindo os planos de Mendes da Rocha. O edifício precisava de modernização e uma infraestrutura mais funcional. Para isso, foi instalado um elevador para o transporte de materiais e pessoas, construídos novos banheiros e ampliadas as áreas de armazenamento e exposição. O laboratório de restauração, a biblioteca e a rede elétrica também foram modernizados. Os pátios internos foram revestidos com estruturas metálicas e de vidro laminado apoiadas em alvenaria. Isso protegia os pátios da chuva e permitia seu uso para exposições.
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Gerassi House (1989)
Para este projeto em São Paulo, Mendes da Rocha contou com um método de construção inovador e raramente visto na época: um sistema pré-moldado que é mais comumente visto em edifícios públicos. O volume superior, que aloja os quartos, é sustentado por pilares para criar um vão de 15 metros para a garagem. Por dentro, os espaços são fluidos, o que incentiva mais interação entre os familiares. Há muita luz natural e ventilação devido às grandes aberturas nas paredes laterais e no piso.
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Capa da Galeria Prestes Maia, Plaza del Patriarca (2002)