As forças de segurança catarinenses continuam em busca de qualquer vestígio que ajude na identificação dos criminosos envolvidos no assalto em Criciúma, no sul do estado, considerado o maior roubo já registrado em território catarinense.
Houve reféns e tiroteios entre a noite de segunda-feira (30) e a manhã de terça-feira (1). Um policial militar ficou ferido e teve que ser operado. Quatro homens foram presos por roubo de notas abandonadas por criminosos. Nenhum suspeito da quadrilha havia sido preso até a publicação deste relatório.
Experiência e inteligência serão essenciais na busca por assaltantes de banco em Criciúma
A polícia gaúcha também está auxiliando nas buscas e na implantação de barreiras de fiscalização nas estradas da divisa entre Santa Catarina e Paraná e Rio Grande do Sul.
“Uma série de etapas estão em andamento, não podemos avançar uma rota de fuga, nenhuma informação que possa prejudicar a investigação. Está dentro de um dos principais objetivos rastrear caminhões”, disse o delegado Luis Felipe Fuentes, diretor da Diretoria de Estado de Investigações criminais. (Deic).
Amanhecer de tensão e filmagem na cidade de Criciúma – Foto: Caio Marcello / Agif – Agência de Fotografia / Estadão Content
Com as mesmas características da ação registrada em Criciúma, na madrugada desta quarta-feira (2), uma quadrilha tomou as ruas de Cametá, no interior do Pará, a 235 quilômetros de Belém, para roubar um banco. Vizinhos relataram uma noite de terror nas redes sociais. Uma pessoa morreu.
A investigação deve levar
De acordo com a Polícia Civil, não é esperado o fim das investigações sobre o atentado em Criciúma, que pode demorar. A polícia usou como exemplo um assalto registrado em março de 2019 e que até então era considerado o maior do estado, nem todos os envolvidos foram presos.
“São investigações que vão levar muito tempo para serem realizadas, além da verificação de todas as informações que recebemos. E isso leva tempo ”, disse o delegado geral da Polícia Civil, Paulo Koerich.
Gang ataca Banco do Brasil no Centro de Criciúma (SC)
“Tem que ser um trabalho árduo e lento para dar uma resposta adequada. Você não pode querer 30 invasores que planejaram algo e se prepararam por meses para obter uma resposta em questão de horas e alguns dias. Na mesma proporção em que foi planejado. para eles, também está preparado o trabalho de resposta à investigação ”, disse Anselmo Cruz, do Deic.
Segundo ele, a ação penal foi bem planejada “com vários meses de antecedência”.
“Não temos dúvidas de que a ação que foi bem planejada, a ação criminal foi feita com muito planejamento, com muito preparo, para toda essa logística”, disse.
Bandidos atacaram a agência, fizeram reféns e trocaram tiros com a polícia de Criciúma
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apurou que o caminhão queimado da BR-10, usado por criminosos para bloquear o túnel do Morro do Formigão, em Tubarão, foi roubado há dois anos em Araraquara (SP).
Porém, possuía placas clonadas e outros sinais identificadores iguais aos de outro caminhão com as mesmas características, cadastrado em Dumont (SP).
O Instituto Geral de Medicina Legal (IGP) acredita que os envolvidos na agressão estejam na região há pelo menos três meses planejando a ação penal.
Investigação da PRF descobre que caminhão queimado no túnel do Morro do Formigão é roubado e circula clonado – Foto: PRF / Divulgação
Carros apreendidos durante investigação de assalto em Criciúma – Foto: Diorgenes Pandini / NSC
Carros usados por criminosos passarão por análise forense. Manchas de sangue foram encontradas em dois carros e nove dos 10 veículos encontrados foram pintados para se camuflar, de acordo com o IGP.
Segundo a Polícia Civil, Santa Catarina pode estar envolvida na ação, mas a suspeita é de que a ação seja de pessoas de outros estados.
VÍDEO: Imagens mostram o momento das filmagens em Criciúma, SC
Uma quadrilha assaltou um banco entre o final da noite desta segunda-feira (30) e a madrugada desta terça-feira (1) em Criciúma.
O grupo fortemente armado invadiu o tesouro regional de um banco, ateou fogo, bloqueou ruas e entradas da cidade, usou reféns como escudos e disparou várias vezes. Um PM e um guarda ficaram feridos. A Polícia Militar acredita que dois criminosos também ficaram feridos.
Banco do Brasil seguro, alvo de criminosos em Criciúma, sul da Carolina do Sul – Foto: Polícia Civil
- Cerca de 30 encapuzados assaltaram uma agência do Banco do Brasil no Centro de Criciúma às 23h50 desta segunda-feira (30). A ação durou 1 hora e 45 minutos.
- Pessoas foram feitas reféns e cercadas por criminosos; havia bloqueios e barreiras para impedir a chegada da polícia.
- Um PM e um guarda ficaram feridos. Ninguém morreu. O primeiro-ministro teve que se submeter a uma cirurgia.
- Os criminosos fugiram e parte do dinheiro foi espalhado pelas ruas. O montante levado e abandonado ainda não foi calculado.
- Quatro vizinhos foram presos após arrecadar R $ 810 mil que ficaram no chão por causa de uma explosão durante o assalto.
- Os criminosos também deixaram 30 quilos de explosivos. A polícia não sabe o total usado.
- Dez carros usados no roubo foram apreendidos em um milharal de propriedade particular em Nova Veneza, a noroeste de Criciúma. Nove deles estavam blindados. De acordo com o Instituto de Habilidades Gerais (IGP), os veículos foram pintados de preto para camuflagem.
- O primeiro-ministro, com base nas manchas de sangue encontradas em dois carros, estima que dois criminosos ficaram feridos
- Em nota, o Banco do Brasil disse que os funcionários não ficaram feridos, que não há previsão de reabertura do órgão e que não informa “valores subtraídos durante ataque às suas instalações”.
ASSISTÊNCIA E RESOLUÇÃO DE CRIME
Vídeos: gangue assalta banco e causa terror no Centro de Criciúma / SC
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